"Fica tudo negro
pintado de preto
num imenso espaço branco
vazio de tudo sem nada para contar
Rasga-se uma ponta aqui
corta-se outra ponta acolá
e apesar da minúscula palavra
abrange uma imensidão
Restam uns simples papelotes
desencontrados, espalhados
numa espera
suspirando por alguma ordem
E sem encontrar um sentido
num safanão em jeito de despeito
ponta por ponta
despejo no lixo esta escuridão"
Joana C - No canto de um papel qualquer
segunda-feira, 30 de junho de 2008
O simples acto de riscar....
"Neste simples papel
tendo cruzar palavras
para que na vertical ou horizontal
eu acabe esta cabra cega
Bato com o bico na esferográfica
numa impaciência por uma solução
por uma inspiração divina
por qualquer solução milagrosa
Continuo a perguntar...
a querer saber....
que rumo tomar...nesta deriva em pleno voo
onde me vou encontrar
E risco uma linha atrás da outra
rodeio um simples ponto
simplesmente paro
para deixar cair num simples papel
o que não consigo entender.
Joana C - No canto de um papel qualquer
tendo cruzar palavras
para que na vertical ou horizontal
eu acabe esta cabra cega
Bato com o bico na esferográfica
numa impaciência por uma solução
por uma inspiração divina
por qualquer solução milagrosa
Continuo a perguntar...
a querer saber....
que rumo tomar...nesta deriva em pleno voo
onde me vou encontrar
E risco uma linha atrás da outra
rodeio um simples ponto
simplesmente paro
para deixar cair num simples papel
o que não consigo entender.
Joana C - No canto de um papel qualquer
Nuvens
" Rebusco nesta vivência temporária
o sentido tantas vezes perdido
de uma vida ansiada, pensada em paixão, amor
que me fogem das mãos como grãos de areia.
Esfrego o íntimo do meu ser
numa convulsão como se de dor se tratasse
dor física, sentida e cruel
para acabar com uma simples ausência.
Raiva, muita raiva
por este desencontro de vida
pela cegueira multidimensional
e num questionar alheio mas certeiro.
Só o focus na partida
partir para a ausência a ignorância
permitirá
que a dor se vá e eu fique em paz.
Joana C - No canto de um papel qualquer
o sentido tantas vezes perdido
de uma vida ansiada, pensada em paixão, amor
que me fogem das mãos como grãos de areia.
Esfrego o íntimo do meu ser
numa convulsão como se de dor se tratasse
dor física, sentida e cruel
para acabar com uma simples ausência.
Raiva, muita raiva
por este desencontro de vida
pela cegueira multidimensional
e num questionar alheio mas certeiro.
Só o focus na partida
partir para a ausência a ignorância
permitirá
que a dor se vá e eu fique em paz.
Joana C - No canto de um papel qualquer
Insanidade
"Neste canto onde me instalo
assisto na solidão que imponho
ao atraso de uns minutos
onde os ponteiros do tempo dançam.
Pêndulo no espaço
nas horas que fogem de mim
e adio, ou não, não sei...
se adio ou fujo.
Em velocidade de luz,
de onde do meu canto me afasto
sem assentos para os meus pés
e sem onde agarrar as mãos
E neste meu canto
onde me isolo, me afasto de tudo
acabo por fechar a porta da rua
e olhar a chave que para um canto empurro."
Joana C - "No canto de um papel qualquer"
assisto na solidão que imponho
ao atraso de uns minutos
onde os ponteiros do tempo dançam.
Pêndulo no espaço
nas horas que fogem de mim
e adio, ou não, não sei...
se adio ou fujo.
Em velocidade de luz,
de onde do meu canto me afasto
sem assentos para os meus pés
e sem onde agarrar as mãos
E neste meu canto
onde me isolo, me afasto de tudo
acabo por fechar a porta da rua
e olhar a chave que para um canto empurro."
Joana C - "No canto de um papel qualquer"
terça-feira, 17 de junho de 2008
Enganos meus
"Nos teus olhos
nos quais os meus se prendem
deslumbro os mesmos horizontes
tantas vezes sonhados
mas cobertos pelo manto aparente do esquecimento
pois o olhar que procurava andava de mim desencontrado
No teu olhar, iluminado num sorriso
arrastei este manto num tímido movimento
deixei-me inundar pela luz do teu rosto
Uma nova aurora invadiu meu ser
um amor pela vida, por descobrir as promessas
que sinto vir do teu olhar
Desperta-me os sentidos
assumo certezas ainda por desvendar
tento conter esta avalanche de sentimentos
apenas estendo minha mão para saber
se a tua vem de encontro à minha.
Mas teu olhar escurece pela dor
da qual sou alheia
e num simples gesto
vejo no meu olhar os enganos meus."
Joana C - No canto de um papel qualquer
nos quais os meus se prendem
deslumbro os mesmos horizontes
tantas vezes sonhados
mas cobertos pelo manto aparente do esquecimento
pois o olhar que procurava andava de mim desencontrado
No teu olhar, iluminado num sorriso
arrastei este manto num tímido movimento
deixei-me inundar pela luz do teu rosto
Uma nova aurora invadiu meu ser
um amor pela vida, por descobrir as promessas
que sinto vir do teu olhar
Desperta-me os sentidos
assumo certezas ainda por desvendar
tento conter esta avalanche de sentimentos
apenas estendo minha mão para saber
se a tua vem de encontro à minha.
Mas teu olhar escurece pela dor
da qual sou alheia
e num simples gesto
vejo no meu olhar os enganos meus."
Joana C - No canto de um papel qualquer
No meu simples saber...
"Neste meu canto, em que me desencanto,
misturo as palavras na procura de um alivio
de um preenchimento que de entupido
me leva no desengano.
Viajando de um canto para outro
onde a minha caneta desenha o branco
surge o vermelho brotando
se espalhando sem desmando
Se de ti dependesse o meu viver
e de ti também valesse o meu ser
pobre de mim que rastejaria
e por certo desfaleceria
Nos quatro cantos deste simples papel
não sabendo como gramaticar o saber
viajo no sonho do que poderia ter
sabendo que das minhas mãos apenas
ato nestas folhas um simples cordel
Na loucura das minhas palavras
que do ser tenta o parecer
andando de trás para a frente
sem querer encontro o saber
E neste canto
que sendo só meu
onde queria que também fosse teu
parto para onde sempre estarei."
No canto de um papel qualquer - Joana C
misturo as palavras na procura de um alivio
de um preenchimento que de entupido
me leva no desengano.
Viajando de um canto para outro
onde a minha caneta desenha o branco
surge o vermelho brotando
se espalhando sem desmando
Se de ti dependesse o meu viver
e de ti também valesse o meu ser
pobre de mim que rastejaria
e por certo desfaleceria
Nos quatro cantos deste simples papel
não sabendo como gramaticar o saber
viajo no sonho do que poderia ter
sabendo que das minhas mãos apenas
ato nestas folhas um simples cordel
Na loucura das minhas palavras
que do ser tenta o parecer
andando de trás para a frente
sem querer encontro o saber
E neste canto
que sendo só meu
onde queria que também fosse teu
parto para onde sempre estarei."
No canto de um papel qualquer - Joana C
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