quinta-feira, 23 de agosto de 2007

As férias...

Hoje ainda não fui para a praia....coisas do trabalho me retiveram no apartamento para resolver antes da hora do almoço. E ironia das ironias, não corre vento nenhum ao contrário dos outros dias.

Aproveito e vou organizando pequenas coisas enquanto aguardo uns telefonemas.

A familia foi toda para a praia e vai tocar a mim virar-me para os tachos, a minha mãe lá conseguiu arranjar sardinha da pequenina, pois segundo quem sabe, ela só seria apanhada no dia que deixasse de haver vento no alto mar...e assim foi. Foi-se o vento e apareceu a sardinha...

Sinto-me mais relaxada e descansada e é para aproveitar até ao fim desta semana.

Durante a próxima é para começar a fazer a contagem decrescente e ir preparando a entrada para os últimos meses de trabalho que faltam até final do ano.

Peripécias das férias? Só com o meu irmão....

Ontem por preguiça pediu a um dos meus cunhados para encher o colchão insuflável que trouxe para dormir mais a namorada e este lá lhe fez a vontade, mas durante a noite o dito colchão foi esvaziando e quando deram conta estavam com este quase vazio...pois faltou o click quando se tira o motor de encher....lá tiveram que usar o sofá da sala para passar o resto noite.

O motor faz um barulho desgraçado....

A Maria, o nosso membro mais novo da família, já não me chama por tia Rosário, mas tia Jaja, diminuitivo familiar porque sou conhecida....velhos hábitos e tradições que não se perdem por muito que a mãe dela insista em que ela me chame pelo meu nome próprio.

O resto está dentro da normalidade, muita gente, muito barulho, muito de tudo, mas tudo de bom.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

As férias...

Agora estou de férias...

Ontem foi ainda uma correria, coisas de última hora para tratar nas Companhias, no escritório e ainda por cima o computador dá-lhe para dar problemas de hardware e tive que pedir help ao primaço para me quebrar o galho...

Há coisas que começam a fazer parte do dia a dia e lá temos que andar a tiracolo com elas...

Mas hoje já estivemos na praia de manhã, tarde compras para cuidar bem das barriguinhas de todos e o vento que fez nem deu para nos aventurar a pôr os pés na praia.

Bem, o que importa mesmo é que vou desligando um pouco do trabalho e aproveitar até segunda-feira para relaxar mesmo.

Um bom fim de semana é o que desejo a todo mundo e façam como eu....divirtam-se...

sábado, 11 de agosto de 2007

Que saudades...

A filhota, minha Pipinhas, esteve fora de casa até ontem.

O infantário fechou no dia 31 do passado mês e por causa do meu trabalho lá teve que ir de malas e bagagens para as avòs para eu poder trabalhar.

Descobri que não consigo estar tanto tempo sem ela...fico sem vontade de nada fazer pois a casa está demasiado silenciosa e vazia. Fico ansiosa, apesar de saber que está mas mãos de quem também a ama muito, mas torna-se uma dor de saudade que me faz murchar.

Nunca fui mulher para desejar ardentemente ter filhos, talvez por ser a mais velha de 5 irmãos e ter participado na sua educação. Mudar fraldas, dar biberão, ajudar mãe quando estavam doentes, fizeram parte do meu quotidiano da infância e adolescência.

Mas aos 33 anos engravidei e, apesar dos riscos da idade, nasceu uma bébé saudavél que hoje com seis anos me enche a alma e a vida.

É certo, que desde essa data, o meu sono nunca foi o mesmo...estou sempre alerta, preocupada não só para que esteja bem, mas para que cresce como pessoa bonita por dentro, forte de carácter e personalidade.

Não sonho que seja isto ou aquilo, apenas quero que ela siga o seu caminho, onde se sinta feliz e realizada.

Tenho que agradecer a Deus o jeitinho que ela tem, ás vezes parece um passarinho, livre, brincalhona, malandra, outras parece um adulto o falar, com certezas e com convicção que admiro e estimulo e começa a dar sinais de responsabilidade nas pequenas coisas que vão sendo importantes.

É uma criança extrovertida, cheia de vida, não pára quieta sempre a andar de uma lado para o outro...que em tom de brincadeira lhe digo que me cansa os olhinhos....

Vai começar uma nova etapa da vida dela e da minha também, como é lógico, a entrada na escola primária, a aprendizagem do mundo das letras e dos números, com os receios já por ela manifestados, mas que sei que vai adorar.

Tudo o mais me pode cansar, chatear, aborrecer, criar stress e desilusões, mas o meu papel de mãe foi a maior dádiva que recebi e que nunca me canso de atender, de mimar, de amar.

Podem vir as crises existenciais, um sem número de problemas que basta parar um segundo, olhar a minha filha, dar-lhe um beijo e um mimo e aí encontro a principal razão para que a vida faça sentido.

É o amor da minha vida....

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Já falta pouco...

para ir de férias....como são merecidas...

À dois anos que não consigo tirar assim umas duas semanas para desligar um pouco de tudo.

Não vou para longe, fico cá no Norte, numa das nossas praias de água gélida, mas é sempre bom.

Não vou só, vamos um regimento completo, pai, mãe, as 3 manas e o mano, 3 cunhados, namorada do irmão (no meu tempo isso dava direito a ser expulsa da família, rssss), 2 sobrinhas, a filhota e o nosso gato ( meu e da minha filha). E a futura jóia da família, que só nasce para fins de Setembro, a nossa Maria João, bem aconchegadinha na barriga da mãe.

É uma multidão, mas já sei que vou adorar esta confusão, os risos, as brincadeiras, o gozar uns com os outros, pequenos amuos concerteza, mas família é assim mesmo.

Apesar de o meu agregado ser apenas eu e a minha filhota, não conseguimos as duas de sentir a falta de muita gente á nossa volta, principalmente os nossos mais que tudo...

Sentimento de pertença, de aconchego e a verdade é que sabe sempre bem, apesar de estarmos as duas um pouco longe deles, chegar à casa paterna e, pode não haver nada de relevante, mas é sempre especial, há uma certa segurança e reconhecimento do sentimento que nos une.

Viva a minha família...

domingo, 5 de agosto de 2007

É Domingo...

Um dia de descanso por excelência, o dia em que se encontra com Deus, com a família, na boa tradição portuguesa.

Para mim é o dia de paragem, descanso total, em que tento desfrutar do sossego da minha casa ou vou até casa dos meus pais.

Mas hoje reveste-se de um dia mais especial. O meu avô Manuel se estivesse entre nós faria 102 anos.

Poderia ser mais uma pessoa do mundo, mas para mim e para toda a familia, filhos, noras e netos foi uma pessoa que marcou toda a gente.

Não tenho muitas lembranças do país onde nasci, Alemanha, apenas neve, a escola que cheguei a frequentar, algumas travessuras, o resto é retirado de comentários a fotos da altura.

Chego a Portugal em 1974, com oito anos e com duas irmãs mais novas, com nossa mãe, o pai ainda fica lá mais um ano.

Se lá havia uma certa fartura, não faltava nada, aqui a história passa a ser outra e bem diferente.

Apesar das dificuldades e o facto de eu nunca ter gostado de estar na Alemanha, partia sempre a chorar pela ausência da minha avó Joana, avô Manuel, as tias, os tios e os primos, pois adorava o cantinho da minha aldeia, a minha casa. Partia do sol, do calor, do espaço, liberdade, para o frio, um apartamento e um certo isolamento, pois afinal estavamos num país estrangeiro.

E essas dificuldades, a falta de dinheiro, foram sempre acompanhadas pela presença do meu avô que se tornou a pedra basiliar da minha infância, adolescência e juventude, que nos fez sentir que existiam coisas bem mais importantes que o dinheiro.

Lembro os mimos, estar sempre presente para me ouvir, zangada ou feliz, me ensinar a gostar de coisas simples, ir para o campo com ele e tirar as maçãs da macieira, as cenouras da terra, as cerejas e saborear estas coisas boas numa delícia de pura simplicidade.

Ser o mediador nos conflitos com minha mãe, pois estes ás vezes tornavam-se bem feios.

E então havia qualquer coisa, intemporal nele que nos fazia a todos ficarmos dependentes desse equilibrio, sabedoria.

Era uma pessoa que com idade era um sábio da vida, conseguia ser velho e actual e muito mais para a "frentex" que os próprios filhos, noras e genro.

Quando decidiu abandonar os campos com 80 anos, fazia a sua visita quase diária ao café e as outras pessoas admiravam-no e ouviam-no com um respeito que me fazia absorver os ensinamentos e experiências que ele transmitia.

Era visita obrigatória, no fim de jantar descer do primeiro andar da casa até ao rés-do chão para estarmos com ele, deitado na sua cama com a gata, preta e branca, aos pés, e ouvia-nos a contar as histórias do dia.

Então os Natais, eram dias de pura felicidade e alegria, não pelos presentes, mas porque todos faziam questão de se reunir à mesa de consoada do avô. Não precisava fazer a festa ou ser o mestre de cerimónias, para isso estavamos lá nós, mas era este elo de unidade, de sentimento de família que nos fazia sentir parte de algo muito especial. Muita algazarra, música, cantares, sueca á mistura, jogo do pinhão....simplesmente uma delícia.

Até hoje, foi a única pessoa que partiu que ainda hoje choro a sua ausência...e sinto que em alguns momentos da minha vida ele está presente, esteja onde estiver, me vai dando a mão e forças para continuar a seguir em frente.

Foi exemplo como marido, como pai e como avó foi duplamente excepcional...

Por isso, meu lindo avô, neste dia te mando um beijo com muito amor e carinho....

Da tua bonequinha...