sábado, 11 de agosto de 2007

Que saudades...

A filhota, minha Pipinhas, esteve fora de casa até ontem.

O infantário fechou no dia 31 do passado mês e por causa do meu trabalho lá teve que ir de malas e bagagens para as avòs para eu poder trabalhar.

Descobri que não consigo estar tanto tempo sem ela...fico sem vontade de nada fazer pois a casa está demasiado silenciosa e vazia. Fico ansiosa, apesar de saber que está mas mãos de quem também a ama muito, mas torna-se uma dor de saudade que me faz murchar.

Nunca fui mulher para desejar ardentemente ter filhos, talvez por ser a mais velha de 5 irmãos e ter participado na sua educação. Mudar fraldas, dar biberão, ajudar mãe quando estavam doentes, fizeram parte do meu quotidiano da infância e adolescência.

Mas aos 33 anos engravidei e, apesar dos riscos da idade, nasceu uma bébé saudavél que hoje com seis anos me enche a alma e a vida.

É certo, que desde essa data, o meu sono nunca foi o mesmo...estou sempre alerta, preocupada não só para que esteja bem, mas para que cresce como pessoa bonita por dentro, forte de carácter e personalidade.

Não sonho que seja isto ou aquilo, apenas quero que ela siga o seu caminho, onde se sinta feliz e realizada.

Tenho que agradecer a Deus o jeitinho que ela tem, ás vezes parece um passarinho, livre, brincalhona, malandra, outras parece um adulto o falar, com certezas e com convicção que admiro e estimulo e começa a dar sinais de responsabilidade nas pequenas coisas que vão sendo importantes.

É uma criança extrovertida, cheia de vida, não pára quieta sempre a andar de uma lado para o outro...que em tom de brincadeira lhe digo que me cansa os olhinhos....

Vai começar uma nova etapa da vida dela e da minha também, como é lógico, a entrada na escola primária, a aprendizagem do mundo das letras e dos números, com os receios já por ela manifestados, mas que sei que vai adorar.

Tudo o mais me pode cansar, chatear, aborrecer, criar stress e desilusões, mas o meu papel de mãe foi a maior dádiva que recebi e que nunca me canso de atender, de mimar, de amar.

Podem vir as crises existenciais, um sem número de problemas que basta parar um segundo, olhar a minha filha, dar-lhe um beijo e um mimo e aí encontro a principal razão para que a vida faça sentido.

É o amor da minha vida....

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