sábado, 12 de julho de 2008

Sem forças...

" Sê um rochedo como enfrentas o mundo...fora deste podes transformar-te em grãos de areias"

Não sei se alguém algum dia pensou na existência neste sentido, mas há dias que assim me sinto.

O mundo não tem o sentido de humildade, de atenção, de abertura para com cada um de nós.

Movimentamo-nos numa selvajaria em que o mais forte sobrevive.

Questiono frequentemente se valerá apenas ser eu própria pois sempre que o tento sou derrubada por forças que não controlo.

Não é crise existencial porque eu sei como sou e o que pretendo...tenho o meu caminho com objectivos bem concretos.

O longo caminho que fui traçando ao longo da minha vida, suas adversidades, contratempos, alegrias, felicidades conquistadas, tornaram-me mais forte e determinada. Não consigo me tornar consumidora de antidepressivos.

Mas como ser humano, pessoa sensível, reconheço que o rochedo que apresento ao mundo tem um timming próprio mas fora deste transformo-me em grãos de areia banhados pelas ondas do mar.

A sensação que retenho e que continuo a não querer aceitar, porque seria um ultimato de guerra á natureza humana, é que tem que imperar a capa do egoísmo para não acreditar no outro, não ajudar o outro, não partilhar a nossa essência porque simplesmente é o egoísmo do mundo que enfrento no dia-a-dia.

Quando a maré baixa, volta a renascer a esperança, acreditar no amor, o respeito pelo outro.

Esperança que encontrarei em quem continue a acreditar.

Amar, porque sem amar somos vazios.

Respeito pelos outros, porque temos que nos preocupar, temos que ajudar.

Simplesmente para que

"Ao ser uma planície te encontre para comigo partilhar a paz"

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