domingo, 25 de maio de 2008

Onde escrevo...

" Dependo da minha caneta
para o desabafo que envergonho,
a alma que se queda muda,
ausente de pensamentos, de tudo.

Da caneta que se esforça
por tentar feito bisturi
monotorizar e estilhaçar
o que já nada mais há a retalhar.

Neste papel vazio de palavras
que pela minha caneta
tenta encontrar o que de fundo
se esvai sem destino.

Risco palavra, atrás de palavra
num emaranhado sem nexo
na busca do porquê
para que a razão não perca o seu sentido.

Pouso por agora
a minha caneta no canto
do meu caderno, onde tudo posso
num mundo de palavras soltas."

Joana C. - No canto de um papel qualquer

Limite

"Aperto o meu coração entre as mãos
amparando a dor emergida de uma ilusão
criada de malabarismo de palavras soltas
de um inconsciente diálogo sem rumo.

Sina a minha, este falso amor
Ai que me quedo e morro por dentro
que faço para te matar e enterrar de vez?

Imaginas a raiva que me move?
Sonharás com a revolta que tenho
em te fazer desaparecer...esta coisa chamada amor.

Simplesmente falso, um tudo de nada
que na ilusão do certo me faz errar
Cansei de sonhar...desisto de ti
Amor que de falso me consome.

Sendo triste esta tristeza
perco o grito no silêncio que se impõe
nem as lagrimas se atrevem a brilhar
porque apenas o falso amor ficou refém. "

Falsos Amores - Joana C.