"Neste meu canto, em que me desencanto,
misturo as palavras na procura de um alivio
de um preenchimento que de entupido
me leva no desengano.
Viajando de um canto para outro
onde a minha caneta desenha o branco
surge o vermelho brotando
se espalhando sem desmando
Se de ti dependesse o meu viver
e de ti também valesse o meu ser
pobre de mim que rastejaria
e por certo desfaleceria
Nos quatro cantos deste simples papel
não sabendo como gramaticar o saber
viajo no sonho do que poderia ter
sabendo que das minhas mãos apenas
ato nestas folhas um simples cordel
Na loucura das minhas palavras
que do ser tenta o parecer
andando de trás para a frente
sem querer encontro o saber
E neste canto
que sendo só meu
onde queria que também fosse teu
parto para onde sempre estarei."
No canto de um papel qualquer - Joana C
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