segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Um olhar, uma lágrima

Sim...

Apenas um rosto, inocente, na assimilação do que é novo, nas sensações que começa a reter e a experimentar o seu gosto.

Agarrada nos braços do seu pai, reflecte a felicidade de quem não sabe ainda o que é a maldade.

Olhos abertos pelo espanto, pela alegria num extâse de brincadeira.

E num simples olhar meu, retive esta sensação maravilhosa de redescobrir no rosto de uma criança, a beleza da simplicidade que faz rebater para bem longe tudo o que é menos bom.

Num carrocel, onde minha filha, se maravilhava com a sensação de liberdade e de brincadeira, deparei com uma bébé, linda como todos os bébés do mundo, em que nos seus olhos vi aquela alegria de quem está a descobrir algo novo na segurança do colo do seu pai.

E por uns momentos o tempo pára e vêm-me as lágrimas aos olhos por este acontecimento, simples e tão forte de sensações, por olhar apenas um rosto.

Perante as questões que me assaltam a existência, que me fazem duvidar, bastou este rosto, no meio de tantas outras crianças, para me lembrar, mais uma vez, como é bom estar viva e assistir às belezas que se cruzam no meu caminho.

Pelo brilho daquele olhar, uma lágrima de felicidade...

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