sábado, 8 de dezembro de 2007

O teatro da vida...

Questiono algumas vezes se é o teatro da vida ou se a vida é um teatro. Neste jogar de palavras apenas reflicto e transporto do meu dia a dia uma série de acontecimentos em que algumas vezes, não, minto, muitas vezes me posiciono no papel de espectadora.

Apesar de ser uma personagem presente, coloco-me no papel de um aparente observador em que aparentemente me deixo manipular pelas situações. Comodismo, "sacudir água do capote"?

Não, nada disso. Apenas é uma forma de observar as personagens das várias histórias que ocorrem de frente aos meus olhos e perceber o que as move, o que me escondem, até que ponto estão dispostos a serem protagonistas.

Até num simples click de uma mensagem que chega por sms, palavras trocadas num mensager, num cumprimento, num cruzar de olhares, palavras são transcritas e processadas para que uma pequena novela se faça.

Num livro, num argumento, por norma, é apresentado de uma forma suscinta ou exaustiva (dependendo do seu autor) o situar de personagens, local, descrições em que nos colocam no tempo.

E o teatro da vida também têm destas coisas, camufladas na rotina, no tempo em que nos movimentamos e aparentemente a história é simples, faz-nos transpor para uma pacata vila, em que todo o mundo conhece todo o mundo e assim gira a vida neste teatro.

Mas volta e meia, algo vem alterar este aparente sossego, cria-se o suspense, surge o enredo atrelado á confusão, em que nenhuma personagem sabe nada, mas alguém sabe tudo e assim nasce a pequena novela que faz as delícias de quem gosta alimentar as fofoquices.

E aí acontece o drama, a comédia,num ajuste de contas que não tem necessáriamente de acontecer, mas ficamos no fim da histórias ou histórias, sem actores principais e ficam apenas os figurantes em busca de novos papéis, novas histórias para se tornarem actores principais.

Apenas pergunto, na história que neste momento decorre em frente meus olhos, quando chegará o seu fim, quando poderei deixar este teatro?

Sem comentários: