sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Pelas minhas mãos...

Sinto com minhas mãos tua presença
moldo o teu corpo como o de uma escultura
Cada contorno nesta moldagem
Me aviva a memória da vida que de ti brota

Sob as minhas mãos sinto a tua respiração
numa paixão de intenso frenesim
Gemidos se soltam no toque
numa volupia só testemunhada pelos lençois

Com minhas mãos mexo o teu cabelo
para apanhar o último sopro de vento que te saudou
E embalar na música
que se espalha nos acordes que se soltam

No silêncio e escuridão da noite
É com minhas mãos que sossego
a inquietação que de mim se apodera

Te procuro
E é com elas que sei que a tua ausência
É apenas fugaz

Pelas minhas mãos no encontro com as tuas
sentimos o prazer do reencontro
que o tempo impôs

E com elas falamos o que não é preciso dizer.

Sem comentários: