Sinto com minhas mãos tua presença
moldo o teu corpo como o de uma escultura
Cada contorno nesta moldagem
Me aviva a memória da vida que de ti brota
Sob as minhas mãos sinto a tua respiração
numa paixão de intenso frenesim
Gemidos se soltam no toque
numa volupia só testemunhada pelos lençois
Com minhas mãos mexo o teu cabelo
para apanhar o último sopro de vento que te saudou
E embalar na música
que se espalha nos acordes que se soltam
No silêncio e escuridão da noite
É com minhas mãos que sossego
a inquietação que de mim se apodera
Te procuro
E é com elas que sei que a tua ausência
É apenas fugaz
Pelas minhas mãos no encontro com as tuas
sentimos o prazer do reencontro
que o tempo impôs
E com elas falamos o que não é preciso dizer.
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