sexta-feira, 23 de novembro de 2007

No toque...

Com minhas mãos falo o que me vai na alma
Não percebes?

Com elas, quando toco o teu rosto, quero sentir-te mais perto
Não preciso adivinhar o que pensas, apenas te sentir

Como quem fecha os olhos
E reconhece cada pormenor, cada contorno,
sem querer, até sinto a temperatura do teu corpo.

Porquê? Para quê? perguntaste...

Tiveste medo que algo maior me movesse para assim agir...

Talvez, quem sabe...

Mas minha verdade, o meu eu
bem primário sem faces escondidas
faz-me agir naturalmente

E é pelas minhas mãos
que sinto, neste rodopio de encontros e desencontros,
que és real.

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