Vi o desespero...
contido num espaço
confinado numa pista fechada
nos olhares de quem busca o amor.
A música a tocar, corpos a torceram-se
ao ritmo, acompanhados de gritos camuflados de prazer
numa fuga fugaz sem retorno
Olhares na busca de presas frágis
para servirem de ceia e deixar os depojos
espalhados não se sabe muito bem onde e porquê.
Olhares sedentos de um minuto de atenção
deseperados por um momento de carinho
mesmo sabendo que não passa de uma ilusão.
E neste jogo de olhares, onde todos procuram
o desespero procura a satisfação da sua fome
como se disso dependesse o estar vivo.
Na roupa ousada, nas pinturas mais carregadas
pedincha-se a atenção...
Num jeito de macho, perfume acentuado
num olhar sedutor busca-se a satisfação...
E quantos terminaram a noite num choro
num acto falhado?
Talvez poucos...na anestesia do cansaço
da mente turba pelo sono e bebida...
voltam á rotina...
E esperam, num compasso de horas passadas
preparam-se como presas e caçadores
que volte a próxima noite
para representar mais um acto.
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