sexta-feira, 16 de outubro de 2009

No canto de um papel qualquer...

" No canto de um papel qualquer

desenho o nu despido de pudor

na timidez de um sonho descoberto

privo da tua ausência

inquieta pelo frio de uma janela que fica aberta.



Na sombra destas linhas

Não consigo esquecer esta tristeza

que me segue nos trilhos que compasso

na música da vida.



E pela tua ausência

da qual nem conheces ou tiveste por tua

Choro sem angústia, sem sentimento

e seco estas lágrimas ausentes de dor



Neste canto só meu, triângulo em branco

numa inquietude sem linhas travessas

Escrevo páginas em branco

Em espaços cheios de nada."



Joana C - No canto de um papel qualquer
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