domingo, 6 de abril de 2008

Mentira de vida

"Procuro um bocado de papel
e se á dias minha emoção pedia que as palavras de carinho chegassem até ti
numa adrenalina de euforia
hoje invade-me uma tristeza num silêncio vazio de emoções.

Este silêncio que martiriza minha quietude
pois teima em me ludibriar
Apenas porque pensei em ti e te desejei num sonho à muito idealizado.

Se hoje acordo com este vazio
o devo á apatia dos gestos, no calar contido que foi distorcido
Engano meu, que não percebi?

Entrego a minha ingenuidade neste mundo de emoções
que me guiam num labirinto sem saída e no qual me esgoto
Paro na próxima viragem e agarro a cabeça entre as mãos
e repito vezes sem fim, só preciso esquecer o que teima em ficar.

Da vontade de espernar num grito de lágrimas entro num histerismo
pela patetice de querer amar o que não está para mim disponível
afasto as eternas interrogações existênciais que como fantasmas
dançam no frenesim da minha dor.

Refém das emoções, desejo que o tiro da misericórdia
acabe com este viver insensato de querer um abraço onde me sinta em casa
do olhar preso num sorriso só meu
onde possa libertar este Eu que não tem meio termo, nem medida.

Este fogo de querer viver que me vai minando
me deixa sem forças e cheia de perguntas sem respostas
e enrosco-me sobre mim quieta nesta dor que me consome
desisto de procurar, desejar, de amar...quero parar de sonhar."

Falsos Amores - Joana C.

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