Perco a capacidade de compreensão,
nesta confusão de sentimentos,
de gestos que me fazem.
Não tenho bola de cristal
fico com a dor instalada
pelo nada que me trazem
Porque perdeis tempo
Me procurando
Me desejando?
Escolheis as palavras
numa falsidade pretensiosa
á espera que eu coloque a minha cabeça
num cepo para ser cortada?
Rasgo a minha camisa
e olho ao espelho
apenas vejo a dor mirrada
numa espera desencontrada
Ironias deslumbram-se
na negação do não querer
no despeito dum ego cruel
E paro o tempo
na contemplação desta dor
o pensamento perde-se nas memórias
Nem boas nem más
somente o vazio
e aguardo a solução como passo de magia
Rio de mim própria
sacudo o meu corpo como uma toalha
e faço um embrulho desse emaranhado
que deposito no fundo de mim
Abro os olhos e parto
para bem longe de vós
Não espereis por mim
deixem a minha dor na vossa caixa de correio
sem remetente e sem volta de resposta.
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