sábado, 6 de outubro de 2007

Sobre o amor...

...e como amar...

O amor é um sentimento que está sempre presente nas nossas vidas...por nós próprios, pela família, pelos amigos e pelos filhos...e pelos desconhecidos...

Sim, o facto de respeitar o desconhecido e a sua liberdade é um gesto de amor.

Agora amar o outro.....hummmm

A entrega total de nós próprios ao outro é uma questão, que independente do credo, cor ou país irá sempre gerar confusões, discussões, dor de cabeça e qualquer outra coisa que se possam lembrar.

Isso deu-me sempre o que pensar, talvez pelo prisma com que vejo esta questão.

Gosto de observar o que se passa ao meu redor e tento não deparar só com histórias tristes, mas com casos reais de sintonia e próximos de real felicidade entre duas pessoas.

O ser humano tem necessidade de ser amado e somos, desde que nascemos, bombardeados com modelos, normas e regras até neste campo.

Eu própria sofri na pele um pouco deste emaranhado de modelos e aspirações e reconheço que aquilo que sinto e como vejo as coisas foi por passar pelo mesmo e hoje olhar com muito realismo para estas coisas do coração.

Não que tivesse de deixar de sonhar em encontrar o meu amor, a minha paixão, aquele que me há-de complementar (serei eternamente romântica).

Isso nunca...mas olho para isso com muita simplicidade e onde estão outros sentimentos envolvidos.

Ou seja, a minha forma de amar é de entrega total sem nunca manipular o outro, respeitar o seu espaço, sua automonia e a postura do outro deve ser igual.

Não me vejo a amar alguém que não respeite o meu trabalho, manipule como visto ou arranjo o cabelo, controle os amigos ou me tente moldar para ser mais parecido com isto ou aquilo.

Não sou de amar pela negação do meu eu, para já tenho muitas dificuldade em lidar com o que pareça com conformismo ou resignação.

Mesmo que isso um dia me aconteça, amar alguém assim, só tenho uma coisa a fazer...me afastar e refazer a minha vida.

Só assim é possível ser feliz, partilhar das maravilhas a dois...

Enquanto isso não me acontece, prefiro estar só e partilhar as pequenas maravilhas da vida com aquilo que ela nos oferece e agradecer a Deus tal acontecimento.

Aprendi que o primeiro passo é gostar muito de mim, reconhecer o meu valor e saber que mereço o melhor... e quando alguém aparecer tem de me amar pelo que sou e não por aquilo que espera que eu seja, porque certamente essa não sou eu...mas um modelo, alguém que essa pessoa sonhou ou deseja...um egoista, dirão...

Amar é absorvente, intoxicante...mas até aqui temos que ter os pés assentes em terra.

Meu avô já dizia, paixão é fogo que se apaga...tem que ficar o amor, o carinho, a ternura , a cumplicidade e gostar do outro como gostamos de nós próprios...

Nesse dia estamos amar e a construir a nossa felicidade.

Porque o amor é o sentimento mais simples do mundo.

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