sábado, 6 de outubro de 2007

A minha amiga

Voltaste há pouco tempo
como prometeste
para me sacudir esta dor

Dor marcada, presente
pela minha incapacidade
de perceber

Pela minha incapacidade
de dizer não
de me lembrar de mim

Olá Revolta

Eu sei, eu sei...
não aprendo, não é?
Quantas vezes mais?
Porquê sempre esta dor?

Ambas sabemos a razão...
Falta apenas eu reconhecer
em voz alta...mas eu não quero

Que todo mundo saiba
que sofro por amar...por desejar
e que este meu mendigar
acto isolado, segredo a guardar...
não me permite sonhar...

E sabes como eu sou...
se não posso sonhar..não vivo
não existo, deambulo por estes caminhos
recolhidos na minha dor.

E Tu, insistes, dizes, sem parar...
"já chega, já chega,
não me vou embora enquanto não estiveres em paz"

E então...sorrio
perante esta dor...que não tem razão
Porque posso sonhar sem amar
e posso amar sem me amarem...

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