Tomou conta de mim
esta inércia
Sinto a cabeça a latejar
na iminência de um explosão
De palavras, pensamentos
que não consigo verbalizar
Como se todas as palavras
tivessem urgência em sair ao mesmo tempo
Não consigo ordenar que parem
o corpo sente o peso do conflito
"Parem", grito
mas é um esforço em vão
Tento me alhear, ignorar
adiar para outra hora, dia
Mas choro de impotência
face a tamanha gritaria
Ai como me apetecesse dopar
a turbilhão da confusão
Que me não dá sossego
levitar para bem longe
Rendo-me na resignação
que me revolta a alma
Limito-me a fechar os olhos
nas lágrimas que traem o meu pranto.
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